Gripe aviária: Entenda como os protocolos sanitários protegem a pecuária
A gripe aviária, causada pelo vírus influenza H5N1 de alta patogenicidade, é uma doença que representa uma ameaça significativa para a pecuária brasileira, especialmente para o setor avícola. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de carne de frango, o que torna o controle dessa enfermidade essencial para a economia e a segurança alimentar do país.
Recentemente, o primeiro foco da doença foi confirmado em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Esse surto levou à suspensão temporária das exportações brasileiras para importantes mercados internacionais, como China, União Europeia e Estados Unidos, gerando preocupações sobre os impactos econômicos e sanitários.
Diante desse cenário, os protocolos sanitários rigorosos desempenham um papel fundamental na contenção da disseminação do vírus. Neste texto, vamos explicar como essas medidas de biossegurança são aplicadas para proteger o setor avícola, garantindo a saúde dos animais e a continuidade da produção nacional.
O que é a gripe aviária?
A gripe aviária é uma doença infecciosa causada por vírus do tipo influenza A que afeta principalmente aves domésticas e selvagens. Entre as cepas mais preocupantes está o vírus H5N1, classificado como de alta patogenicidade, capaz de provocar surtos graves com alta mortalidade nas granjas. Essa enfermidade pode causar perdas econômicas significativas para a avicultura, devido à morte em massa das aves e às restrições comerciais impostas para conter a disseminação do vírus.
Apesar de ser uma doença típica das aves, a gripe aviária pode, em casos raros, infectar humanos, principalmente aqueles que têm contato direto com aves doentes ou ambientes contaminados e bois, embora menos comum, por se tratar de alta patogenicidade.
Contudo, é importante destacar que o consumo de carne e ovos provenientes de aves saudáveis e inspecionadas é seguro para a população.
O impacto da gripe aviária vai além da saúde animal, pois afeta toda a cadeia produtiva da pecuária avícola, desde a produção até a exportação, tornando imprescindível a adoção de medidas sanitárias rigorosas para prevenção e controle da doença.
Além disso, há o próprio risco a imagem do país frente ao mercado, uma vez que surtos de gripe aviária sem controle podem gerar insegurança sobre a produção de proteína animal no Brasil como um todo.
Situação da gripe aviária no Brasil
O primeiro foco confirmado de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil ocorreu no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Desde então, foram adotadas medidas imediatas, como o sacrifício de mais de 15 mil aves, a destruição de ovos e a desinfecção rigorosa das instalações para conter a disseminação do vírus. A área ao redor da granja foi isolada em um raio de 10 km, com monitoramento constante das propriedades vizinhas para evitar novos surtos.
Esse episódio gerou impactos econômicos significativos, incluindo a suspensão temporária das exportações brasileiras de carne de frango para importantes mercados internacionais, como China, União Europeia e Estados Unidos. Essa suspensão afeta diretamente a economia do setor avícola, que é um dos pilares do agronegócio nacional.
Diante desse cenário, o governo e os produtores reforçaram a adoção de protocolos sanitários e medidas de biosseguridade para garantir a contenção do vírus, proteger a saúde animal e preservar a estabilidade da produção e do comércio exterior. Essas ações são essenciais para manter a confiança dos mercados e assegurar a segurança alimentar da população.
Relação entre a gripe aviária e o rebanho bovino: por que o pecuarista deve se preocupar?
Embora a gripe aviária seja uma doença que afeta principalmente as aves, seus impactos vão muito além do setor avícola e podem atingir de forma indireta toda a cadeia da pecuária, incluindo a bovinocultura de corte. Isso acontece porque, em situações de crise sanitária, como a ocorrência de surtos de gripe aviária, aumenta a atenção internacional sobre os protocolos de biossegurança adotados em todos os segmentos de produção animal do país.
Quando há registros de doenças de alta patogenicidade em qualquer setor pecuário, a imagem do Brasil como fornecedor confiável de proteína animal pode ser afetada. Isso pode resultar em restrições comerciais, exigências sanitárias mais rigorosas e até mesmo suspensão temporária de exportações, não só de carne de frango, mas também de carne bovina, especialmente para mercados premium e países que prezam por altos padrões de rastreabilidade e controle sanitário.
Além disso, a circulação de agentes infecciosos e a necessidade de reforçar barreiras sanitárias tornam ainda mais importante o alinhamento entre os diferentes setores da pecuária. Protocolos sanitários robustos e sistemas de rastreabilidade eficientes, como a Rastreabilidade GA, são fundamentais para garantir a transparência, a rápida resposta a emergências e a confiança dos compradores internacionais.
Portanto, mesmo que a gripe aviária não afete diretamente os bovinos, o pecuarista precisa estar atento e investir em biossegurança e rastreabilidade. Isso fortalece a defesa sanitária do rebanho, protege o acesso aos mercados e contribui para a reputação positiva do Brasil como grande exportador de carne bovina.

Protocolos sanitários adotados para conter a doença
Para conter a gripe aviária e proteger a pecuária avícola, são adotados protocolos sanitários rigorosos baseados em medidas de biosseguridade, que visam prevenir, controlar e limitar a exposição das aves a agentes causadores de doenças.
No Brasil, o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) estabelece normas para o registro, fiscalização e controle sanitário dos estabelecimentos avícolas, garantindo que as granjas sigam procedimentos padronizados para evitar surtos.
Entre as principais ações estão o isolamento das aves em ambientes controlados, restringindo o acesso de pessoas, animais e veículos que possam transmitir o vírus; a higienização rigorosa das instalações, equipamentos e veículos; e o controle de vetores como insetos e roedores que podem atuar como transmissores da doença. Além disso, os produtores devem implementar programas de vacinação, monitoramento sanitário constante e testes laboratoriais para identificar precocemente possíveis focos.
O controle de acesso é fundamental: somente pessoas autorizadas e com uso obrigatório de equipamentos de proteção individual (EPIs) podem entrar nas granjas, e veículos precisam passar por sistemas de desinfecção, como arcos sanitários. O manejo das aves também segue práticas que minimizam o estresse e evitam a propagação de agentes patogênicos, incluindo a limpeza diária de comedouros e bebedouros e a destinação adequada de aves mortas.
Importância dos protocolos para a proteção da pecuária: o papel da rastreabilidade bovina
A rastreabilidade é um componente essencial para a proteção da pecuária bovina, especialmente diante de desafios sanitários, como a gripe aviária, que pode impactar toda a cadeia produtiva.
No Brasil, o avanço na identificação individual dos bovinos, por meio de tecnologias como microchips e brincos eletrônicos com radiofrequência, tem permitido um controle mais eficiente da origem e movimentação dos animais, funcionando como um “passaporte” que assegura a procedência e a qualidade do rebanho.
O Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), lançado recentemente pelo Ministério da Agricultura, prevê a obrigatoriedade gradual da rastreabilidade até 2032, com o objetivo de atender às exigências dos mercados internacionais e fortalecer a segurança sanitária do setor.
Essa medida possibilita respostas rápidas a emergências sanitárias, minimizando prejuízos e fortalecendo a confiança dos consumidores e parceiros comerciais.
Nesse cenário, a Ponta se destaca com a Rastreabilidade GA, solução de gestão da segurança alimentar a partir do controle e monitoramento do ativo biológico e dos requisitos de documentação, sanidade e movimentação dos protocolos Sisbov e China.
Leia também: Rastreabilidade bovina: A chave para conquistar o mercado
A Rastreabilidade GA é a solução mais recomendada pelas certificadoras para fazendas ERAS e por pecuaristas e investidores que buscam controlar seu patrimônio com mais segurança. Integra sistemas de rastreabilidade que facilitam o monitoramento detalhado do rebanho, otimizando a gestão da produção e garantindo transparência em toda a cadeia, permitindo aos produtores registrar e acompanhar a movimentação dos animais, essencial para a rápida identificação de possíveis focos de doenças e para a adoção imediata de medidas sanitárias eficazes.
Assim, a rastreabilidade bovina não só protege a saúde dos animais e a sustentabilidade da pecuária, mas também agrega valor à carne brasileira no mercado global, assegurando a competitividade e a reputação do setor diante das crescentes exigências internacionais.
Essas medidas, complementadas por um sistema de vigilância ativa, que monitora propriedades próximas a focos suspeitos, garante a rápida identificação e contenção de novos casos. A combinação dessas ações forma uma barreira sanitária eficiente, essencial para manter o Brasil competitivo no mercado internacional e proteger a saúde pública.
Conclusão
A proteção da pecuária brasileira diante de desafios sanitários, como a gripe aviária, depende não apenas da adoção rigorosa dos protocolos sanitários, mas também da implementação eficiente da rastreabilidade, especialmente na pecuária bovina. A rastreabilidade permite o acompanhamento detalhado de cada animal, desde o nascimento até a comercialização, garantindo transparência, segurança alimentar e controle sanitário em toda a cadeia produtiva.
Nesse contexto, a Rastreabilidade GA, se destaca como uma solução tecnológica avançada que facilita a gestão do rebanho por meio da identificação individual dos bovinos, registro de histórico completo e monitoramento em tempo real.
Com essa ferramenta, os pecuaristas conseguem não só atender às exigências dos mercados internacionais, como o acesso a programas como a Cota Hilton e o mercado europeu, mas também otimizar a gestão interna da fazenda, aumentando a eficiência e a sustentabilidade da produção.
Assim, ao integrar tecnologia, gestão e biossegurança, a rastreabilidade oferecida pela Ponta fortalece a capacidade da pecuária brasileira de responder rapidamente a emergências sanitárias, minimizando prejuízos e protegendo a saúde dos animais. Além disso, esse sistema agrega valor ao produto final, elevando a competitividade do setor no mercado global e garantindo a confiança dos consumidores.
Portanto, investir em rastreabilidade bovina é uma estratégia fundamental para modernizar a gestão pecuária, assegurar a qualidade da carne brasileira e preparar o setor para os desafios futuros, consolidando um agronegócio mais seguro, transparente e mais sustentável.
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