Saúde do útero e eficiência reprodutiva: entenda essa relação no seu rebanho
Todo pecuarista sabe muito bem que a saúde do rebanho influencia diretamente nos lucros da fazenda. A reprodução dos animais, por exemplo, exige atenção redobrada para manter os índices em alta.
O cuidado com a saúde do útero das vacas é fundamental para obter bons números na reprodução. Se esse órgão apresenta algum problema, todo o ciclo reprodutivo sofre prejuízos.
Hoje, a Ponta explicará como as doenças uterinas afetam a fertilidade do rebanho e compartilhará algumas formas de prevení-las. Acompanhe a leitura!
A importância da saúde do útero para o rebanho
A saúde do útero é fundamental para a reprodutividade do rebanho. Um útero saudável mantém a fertilidade nos melhores níveis, garantindo a continuidade da produção. Por outro lado, as infecções e inflamações nesse órgão são extremamente preocupantes, pois atrasam o retorno ao cio, diminuem as taxas de prenhez e aumentam o intervalo entre partos.
Nesse sentido, é válido ter clareza sobre a importância da saúde do útero. Veja alguns pontos abaixo:
- O útero saudável ajuda no retorno à ciclicidade após o parto;
- Fêmeas sem problemas uterinos conseguem ter mais sucesso em inseminações ou coberturas;
- O manejo voltado à saúde uterina evita perdas e melhora a lucratividade da propriedade;
- O investimento em prevenção reflete diretamente na saúde geral do rebanho, o que aumenta a qualidade de vida das fêmeas.
Como as doenças uterinas afetam a reprodução
Algumas das doenças no útero surgem no período pós-parto, principalmente porque esse é um período complicado para as fêmeas. Veja quais são alguns desses problemas:
Retenção de placenta
Essa é uma das primeiras complicações que afetam a saúde do útero após o parto. Quando a vaca não expulsa a placenta em até 12 horas após o nascimento do bezerro, aumenta o risco de infecções.
Metrite
A metrite, uma infecção que aparece entre 7 e 10 dias após o parto, causa febre, diminui o apetite e atrasa o retorno da atividade reprodutiva.
Endometrite
É uma inflamação do endométrio, que pode ser clínica ou subclínica, e dificulta o processo de prenhez.
Piometra
A piometra é o acúmulo de exsudatos purulentos ou mucopurulentos no útero, que também prejudica a funcionalidade uterina e exige diagnóstico precoce para diminuir qualquer complicação no futuro.
As consequências no desempenho do rebanho
Saiba que essas complicações vão além do bem-estar animal. Quando a saúdo do útero está comprometida, a fertilidade do rebanho é reduzida de várias formas, como:
- Aumento do período entre partos, o que diminui a produtividade;
- Diminuição na taxa de concepção;
- Queda na taxa de bezerros desmamados/vaca;
- Custos adicionais com tratamentos;
- Descarte precoce de matrizes.
Quais fatores influenciam a eficiência reprodutiva?
As deficiências nutricionais no período de transição, marcado pelas três semanas antes e após o parto, comprometem bastante o sistema imunológico das fêmeas.
A hipocalcemia, também conhecida como febre do leite, aumenta a retenção placentária e prolapso uterinos. Já o balanço energético negativo, comum no início da lactação, aumenta o risco de doenças uterinas.
O pecuarista deve caprichar na boa nutrição das fêmeas, evitando o Balanço Energético Negativo (BEN), reduzindo a incidência de enfermidades metabólicas, reprodutivas e produtivas.
Outro fator que influencia na eficiência reprodutiva é o ambiente que o rebanho está inserido. Um espaço limpo e confortável, como o piquete maternidade, diminui o estresse e o risco de contaminações uterinas e complicações durante o parto.
A boa climatização reduz o estresse térmico, que prejudica a fertilidade, e a higiene nas instalações previne infecções bacterianas que afetam o útero.
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Como vimos até aqui, o bom manejo do rebanho é importantíssimo para melhorar os índices de prenhez e garantir a saúde do útero das fêmeas. Quando o manejo nutricional e ambiental é bem estruturado, há maiores chances de aumentar a eficiência reprodutiva, reduzir custos e maximizar os lucros da fazenda.
Nesse sentido, o Ecossistema GA, da Ponta, ajuda no acompanhamento nutricional, no gerenciamento de atividades e na auditoria de dados. É uma ótima ferramenta para que os pecuaristas implementem boas práticas de manejo de forma prática. Isso porque o Eco GA oferece uma visão 360º do negócio.
O Ecossistema GA conta com módulo dedicado à reprodução, permitindo ao pecuarista cadastrar e registrar todas as informações, como, por exemplo, número da vaca, vincular o bezerro a mãe, inseminador responsável, paleta de sêmen, quais reprodutores foram utilizados, entre outras funcionalidades. Fica a dica!
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