Como preparar o seu rebanho para a estação de monta

Todo pecuarista sabe que um bom planejamento na pecuária de corte é fundamental. A estação de monta, por exemplo, é uma etapa que exige estratégia, porque é ela que define a base da próxima safra de bezerros e impacta diretamente na produtividade e na lucratividade da fazenda.

O preparo do rebanho para esse período necessita de uma boa nutrição, manejo, avaliação reprodutiva e cuidados de sanidade. Ao alinhar esses fatores, o produtor consegue proporcionar boas condições para as vacas e touros gerarem bezerros fortes, saudáveis e dentro do período planejado.

Neste artigo, vamos explicar como preparar o seu rebanho para a estação de monta de bovinos de corte, desde o preparo nutricional até o uso de tecnologias. Veja a seguir!

Quando começar a estação de monta?

A recomendação é iniciar a estação logo após as primeiras chuvas, geralmente entre outubro e novembro. Esse período coincide com a recuperação das pastagens, que têm mais forragem e melhora a condição corporal das matrizes.

As vacas que entram na estação de monta com composição corporal adequada têm maior taxa de concepção. Isso é algo muito importante para concentrar os partos, obter uma safra mais uniforme e otimizar a desmama. 

Etapas de avaliação do rebanho antes da estação

Para conseguir sucesso na reprodução, é fundamental realizar uma triagem do rebanho para identificar os animais aptos e descartar aqueles com menor potencial reprodutivo. Isso ajuda a diminuir riscos e garantir que a estação de monta tenha eficiência. 

Veja quais são as etapas dessa avaliação:

  • Exames ginecológicos nas vacas: avaliam a saúde reprodutiva, o funcionamento do útero, dos ovários e da condição corporal. Com isso, é possível verificar matrizes férteis e eliminar do sistema as que apresentam patologias ou baixo desempenho;
  • Exames andrológicos nos touros: analisam a qualidade do sêmen, a libido, os aprumos e a integridade do aparelho reprodutivo. Os touros férteis e saudáveis são indispensáveis para manter altas taxas de prenhez, seja na monta natural ou no repasse após protocolos de IATF;
  • Histórico das matrizes: as vacas que não emprenharam até 90 dias pós-parto, ou que perderam repetidamente bezerros, precisam ser reavaliadas para descarte. Esse processo garante que apenas animais com maior potencial genético e produtivo participem da estação reprodutiva.

Práticas de sanidade indispensáveis

Nenhuma estratégia reprodutiva alcança bons resultados se o rebanho não estiver saudável. Antes da estação de monta, é importante colocar algumas práticas de sanidade que protejam matrizes e touros de enfermidades que afetam a fertilidade. Entre as principais estão:

  • Vacinação contra brucelose, leptospirose, IBR e BVD: doenças que causam abortos, repetição de cio e queda na taxa de prenhez. O calendário vacinal deve estar em dia e seguir orientações técnicas;
  • Controle de parasitas internos e externos: verminoses e infestações por carrapatos ou bernes prejudicam o ganho de peso e a condição corporal das vacas, o que diminui a eficiência reprodutiva;
  • Suplementação mineral estratégica: fortalece a imunidade, melhora a resposta vacinal e auxilia no equilíbrio nutricional, o que é fundamental para que as matrizes ciclem e concebam.

A nutrição e a condição corporal 

O estado nutricional das matrizes é um dos fatores mais importantes para o sucesso da reprodução. Para não ter problemas quanto a isso, é importante planejar:

  • Suplementação durante a seca: garante que os animais cheguem ao início das chuvas em boas condições;
  • Pastagens de qualidade: fundamentais para fornecer energia e proteína no período reprodutivo;
  • Suplementação proteica e mineral: ajustada conforme a categoria e fase fisiológica.

Quais as estratégias de reprodução na estação de monta?

Na pecuária de corte, a reprodução na estação de monta pode ser realizada por monta natural e Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Cada uma conta com as seguintes características:

Monta natural

É a prática mais tradicional, principalmente em sistemas extensivos. Nela, o touro é mantido com as vacas durante o período. A monta natural exige menos domínio técnico, menos tecnologia e menos investimento em equipamentos, mas tem menor controle genético e maior risco sanitário devido à possível falta de exame andrológico dos touros.

Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF)

É uma técnica que sincroniza a ovulação das vacas para a inseminação em um dia e horário determinados, o que elimina a necessidade da detecção do cio. Ela usa protocolos hormonais para sincronizar o ciclo reprodutivo do lote, o que possibilita inseminar todas as fêmeas em um tempo fixo. 

A IATF aumenta a eficiência reprodutiva, as taxas de prenhez, o controle genético, diminui o intervalo entre partos e ajuda no melhoramento genético dos rebanhos. Por outro lado, demanda investimentos em sêmen, equipamentos e treinamento. 

Nesse sentido, a monta natural é um sistema bem simples e tradicional, já a IATF é uma biotecnologia avançada que ajuda no controle e eficiência do rebanho bovino.

🐂 Leia também — Quais estratégias de acasalamento utilizar na época da estação de monta de gados de corte?

Seleção de matrizes e reprodutores

O manejo reprodutivo também passa por decisões importantes no longo prazo. Entre elas:

  • Selecionar novilhas que emprenham cedo: aumenta a eficiência da reposição e melhora a fertilidade futura;
  • Descarte de vacas vazias: realizado logo após o diagnóstico de gestação (30 a 45 dias após o final da estação);
  • Escolha criteriosa de touros: animais devem ter exame andrológico recente, características funcionais corretas e avaliação genética comprovada.

A importância do diagnóstico de gestação e descarte

O diagnóstico precoce de gestação é uma etapa indispensável dentro da estação de monta, pois oferece informações estratégicas para todo o manejo reprodutivo. Realizado entre 30 e 45 dias após o término da estação, seja por ultrassonografia ou palpação retal, o procedimento identifica de forma rápida quais vacas estão prenhes e quais permaneceram vazias.

Com esse resultado em mãos, o produtor consegue planejar melhor a suplementação alimentar, ajustando lotes conforme as necessidades nutricionais de cada categoria. Também é possível formar grupos de vacas prenhas mais uniformes, o que facilita o acompanhamento de partos e a organização da desmama.

Outro benefício é a redução da pressão de pastejo durante a seca, já que as matrizes descartadas deixam de competir por recursos limitados. Ao retirar fêmeas improdutivas e manter apenas aquelas com maior potencial genético e reprodutivo, o pecuarista otimiza os custos e assegura uma safra de bezerros mais robusta e lucrativa.

Tecnologias e integração do Ecossistema GA na pecuária

Hoje em dia, quem quer velocidade e qualidade na pecuária precisa utilizar a tecnologia a seu favor. A gestão baseada em dados é parceira no aumento da eficiência, redução de riscos e melhorias na rentabilidade. É nesse ponto que o Ecossistema GA, da PONTA, é essencial para o produtor.

A plataforma monitora cada etapa da estação de monta dos bovinos de corte, desde o planejamento até a confirmação da prenhez, com recursos como registro de inseminações, diagnósticos, ressincronização e relatórios automáticos de taxa de concepção. 

O sistema também oferece rastreabilidade completa, valoriza o rebanho perante o mercado e fortalece a tomada de decisão.

O outro diferencial é a integração entre as fases de cria, recria e engorda. Com uma visão 360º, o produtor consegue acompanhar partos, desmamas, ganhos de peso e previsões de saída, entendendo como cada decisão reprodutiva impacta o sistema produtivo como um todo.

Essa conectividade do Ecossistema GA simplifica o manejo, organiza informações e garante maior segurança para direcionar investimentos. Assim, a plataforma potencializa os resultados da reprodução, conecta todas as fases da produção pecuária e transforma dados em ações práticas e lucrativas.

A estação de monta é muito importante na pecuária de corte. Por isso, todo pecuarista deve preparar o rebanho com atenção à nutrição, sanidade, seleção de animais e escolha das melhores estratégias de reprodução para obter taxas de prenhez mais altas, com maior uniformidade dos lotes e bezerros mais valorizados no mercado.

O uso da IATF, por exemplo, acelera o ganho genético, mas exige planejamento e maior investimento. 

Com o Ecossistema GA, da PONTA, o produtor tem em mãos uma ferramenta que une dados, relatórios e rastreabilidade em uma única plataforma. Assim, cada etapa da estação de monta dos bovinos é acompanhada de perto e com precisão. 

Se o seu objetivo é alcançar uma pecuária mais produtiva, lucrativa e sustentável, trabalhe essas questões: planejamento, uso de tecnologias e plataformas integradas de dados. Aproveite para conhecer o Ecossistema GA agora mesmo!

]