Melhoramento genético e Eficiência Alimentar: o caminho para rebanhos mais produtivos e rentáveis
O melhoramento animal é, hoje, um dos pilares da pecuária moderna. É por meio dele que criadores conseguem acelerar o progresso genético dos seus rebanhos, produzindo animais mais produtivos, mais férteis e com maior valor de mercado. Na prática, significa transformar dados de pedigree, de desempenho próprio e de progênies em ciência aplicada, para embasar a seleção animal e o direcionamento de acasalamentos.
Graças à seleção, a pecuária já avançou em características fundamentais como ganho de peso, precocidade sexual e qualidade de carcaça. Mas existe um ponto que, cada vez mais, se destaca como decisivo para o futuro do setor: a Eficiência Alimentar.
Segundo o Report Confinamento realizado pela Ponta, na pecuária de corte, o custo da alimentação chega a representar quase 90% dos custos de produção. É justamente por isso que a Eficiência Alimentar se tornou uma das características mais valiosas quando falamos em melhoramento animal. Afinal, selecionar animais que ganham mais peso consumindo menos alimento significa lucro no bolso, sustentabilidade no sistema e diferenciação no mercado de genética.
Neste artigo, você vai entender:
· O que é melhoramento animal e como funciona;
· Melhoramento genético e Eficiência Alimentar: produzindo mais arrobas com menos custo;
· Como selecionar animais eficientes.
O que é melhoramento genético?
Antes de falarmos do gado de corte, é importante entender o conceito de melhoramento genético animal.
Em linhas simples, trata-se de usar o conhecimento científico para identificar quais indivíduos têm características desejáveis, ou seja, os traços observáveis como crescimento, conformação corporal e produção, e, a partir deles, direcionar os acasalamentos para produzir as próximas gerações. Isso vale para qualquer espécie, aves, suínos, ovinos e, claro, bovinos.
Dessa forma, seja qual for o rebanho, a lógica permanece a mesma: ao selecionar reprodutores e matrizes que apresentem características econômicas desejáveis, desafiados em seu ambiente de criação, aumenta-se a chance de que seus descendentes também apresentem satisfatório desempenho. Ao longo da gerações, mantendo-se o objetivo de seleção, o rebanho apresenta progresso genético e se torna mais produtivo e eficiente.
No caso da pecuária bovina, esse processo começou de forma bastante empírica. Durante muito tempo, o criador escolhia os animais “no olho”: observava quais bois engordavam mais rápido, quais vacas criavam bezerros mais fortes e, com base nisso, se definia quem ficava no plantel. Era um processo baseado mais na experiência e na percepção do fenótipo do que em dados concretos.
Hoje, o melhoramento genético bovino se transformou profundamente. Graças à ciência e à tecnologia, conseguimos medir o desempenho de cada animal de forma individual, registrar informações detalhadas e transformá-las em avaliações genéticas confiáveis. Isso permite que a escolha dos reprodutores seja muito mais precisa, garantindo progresso consistente a cada geração.
Todo esse melhoramento genético pode ser mensurado pelas DEPs: Diferenças Esperadas na Progênie, calculadas por programas de melhoramento genético, com base em dados genômicos e fenotípicos para orientar a seleção eficiente visando ganhos genéticos consistentes. Entre as mais importantes para bovinos de corte estão:
· Características ponderais: mensuram o potencial de crescimento e ganho de peso em diferentes fases
· Características de reprodução e fertilidade: indicam o potencial de precocidade e desempenho reprodutivo
· Características de carcaça: Ligadas à qualidade e ao rendimento do produto final
· Características de eficiência alimentar: indicam o potencial de maior produtividade com menor exigência alimentar
O impacto disso é direto: a cada safra de bezerros, a fazenda caminha para ter um rebanho mais eficiente, mais produtivo e mais valorizado no mercado de genética. Aqui nós te explicamos um pouco mais sobre melhoramento genético animal.
Aqui nós te explicamos um pouco mais sobre melhoramento genético animal.

Melhoramento genético bovino e Eficiência Alimentar: produzindo mais arrobas com menos custo
Em linhas gerais, Eficiência Alimentar em bovinos de corte é a capacidade que um animal tem de transformar o alimento que consome em ganho de peso ou produção de carne de forma produtiva e econômica. Em termos práticos, um animal eficiente precisa de menos alimento para atingir o mesmo resultado produtivo do que outro menos eficiente.
Assim como citamos na introdução, na pecuária bovina, a alimentação representa o maior custo da produção, chegando a quase 90% do total investido. Por isso, animais mais eficientes significam diretamente menores custos por quilo de carne produzido e maior rentabilidade para o produtor.
Além do aspecto econômico, a Eficiência Alimentar também está ligada à responsabilidade ambiental da pecuária Animais que aproveitam melhor os nutrientes consomem menos recursos, produzem menos resíduos, otimizam o uso de áreas e ainda emitem menos metano, com o potencial de tornarem a produção mais sustentável.
Portanto, ao selecionar reprodutores e matrizes bem avaliados para Eficiência Alimentar, o criador direciona para que esse potencial seja transmitido para as próximas gerações.
Desse modo, podemos dizer que valorizar a Eficiência Alimentar significa produzir mais com inteligência, valorizando cada quilo de alimento investido e fortalecendo o progresso do rebanho por meio do melhoramento genético.
Como medir e selecionar animais eficientes?
Medir e selecionar animais eficientes é essencial dentro do melhoramento genético bovino, pois permite identificar quais indivíduos têm melhor capacidade de transformar alimento em ganho de peso ou produção de carne. Esse processo vai além da simples observação e exige dados confiáveis sobre consumo e desempenho individual.
O método mais preciso para isso é a realização de provas de Eficiência Alimentar. Nelas, os animais são monitorados em ambiente controlado, registrando quanto alimento consomem e quanto peso ganham. Com esses dados, é possível calcular indicadores como:
· Consumo Alimentar Residual (CAR): diferença entre o consumo observado e o esperado.
· Ganho de Peso Residual (GPR): diferença entre o ganho real e o estimado.
Animais com CAR negativo e GPR positivo são considerados mais eficientes, pois consomem menos e ganham mais do que o esperado. As provas incluem etapas de planejamento, adaptação, coleta de dados (mínimo de 42 dias) e análise de resultados, fornecendo informações confiáveis para a seleção. Para facilitar e tornar esse processo ainda mais preciso, o Intergado Efficiency, da Ponta, integra diversas tecnologias de pecuária de precisão:
· Cochos eletrônicos: registram o consumo individual em cada visita.
· Balanças de pesagem voluntária: pesam os animais várias vezes ao dia sem estresse.
· Software Intergado Efficiency: organiza métricas detalhadas e fornece painéis de análise com processamento diário dos dados.
· Robô MAX: realiza cálculos diários, emite alertas e integra dados com programas de melhoramento genético.
Com essas informações, o produtor consegue selecionar reprodutores e matrizes eficientes, garantindo que essas características sejam transmitidas às próximas gerações. O resultado é um rebanho mais produtivo, rentável e sustentável.
Em resumo, medir e selecionar animais eficientes combinando provas de Eficiência Alimentar e o Intergado Efficiency transforma dados em decisões estratégicas, reforçando a importância do melhoramento genético para a pecuária de precisão.
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Concluindo o assunto
No fim das contas, melhoramento animal para Eficiência Alimentar não é apenas uma escolha técnica: é uma estratégia de negócio. Selecionar animais capazes de produzir mais arrobas com menos alimento significa reduzir custos, aumentar a margem de lucro e entregar um rebanho que se paga mais rápido. Além disso, é um passo decisivo para uma pecuária mais sustentável, que consome menos recursos e gera mais valor por hectare.
A mensagem é clara: quem investe em genética voltada para eficiência não só melhora o desempenho do rebanho hoje, mas também garante um progresso contínuo a cada safra de bezerros. É a soma de ciência, tecnologia e gestão transformando o rebanho em produtividade, rentabilidade e sustentabilidade no campo.
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