Conheça as principais doenças na bovinocultura de corte
O Brasil possui a maior população bovina do mundo, sendo que Mato Grosso lidera a lista de estados com um rebanho de 34 milhões de cabeças de bovinos de corte. Nesse sentido, há um grande foco pela eficiência alimentar e reprodutiva para garantir a produtividade e lucratividade do rebanho. Entretanto, doenças na bovinocultura de corte podem influenciar negativamente isso.
Essas condições são provenientes de vírus, bactérias, protozoários e fungos, sendo capazes de causar distúrbios reprodutivos em bovinos.
Neste artigo, a Ponta explicará quais são as principais doenças na bovinocultura de corte e os métodos de prevenção. Continue a leitura!
As doenças na bovinocultura de corte e seus sintomas
Existem diversos prejuízos quando surgem doenças em um rebanho de bovinos de corte. São gastos com tratamentos e medicamentos, além de impactar diretamente na qualidade da carne e na reprodução dos animais. As doenças infecciosas e parasitárias, por exemplo, são responsáveis por um grande prejuízo financeiro à atividade pecuária.
Confira abaixo uma lista completa com as principais doenças na bovinocultura de corte:
Brucelose
É uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Brucella abortus e afeta diretamente os bovinos, podendo ser transmitida por humanos por meio de animais infectados.
A brucelose causa abortos entre o 7º e 9º mês de gestação, metrites, retenções da placenta e infertilidade.
Micoplasmose
A micoplasmose também é uma das doenças na bovinocultura de corte que surge através das bactérias do gênero Mycoplasma bovis. Ela se manifesta principalmente através da pneumonia, artrite e otite em bovinos.
Outros sintomas também vistos são: placentite, vulvovaginite granula, aborto, infertilidade e baixa taxa de gestação.
Tuberculose
É uma doença ocasionada pela bactéria Mycobacterium bovis. Os principais sintomas são lesões nos órgãos ou tecidos do animal, principalmente nos pulmões e linfonodos. Essas condições resultam em falta de apetite e fadiga em bovinos.
A tuberculose é contagiosa e pode ser transmitida para outros animais e para humanos via inalação de aerossóis.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença bacteriana do gênero Leptospira. Os ratos, camundongos e animais silvestres são portadores assintomáticos e transmitem a doença por meio da urina, contaminando águas, alimentos e rações.
A doença resulta em baixa reprodução, abortos, nascimentos prematuros e mortalidade.
Tricomonose
A tricomonose também faz parte das doenças na bovinocultura de cortes e surge através do protozoário Tritrichomonas foetus. A transmissão ocorre entre o acasalamento com um animal infectado.
Abortos e infertilidade são os principais sintomas.
IBR-IPV
A IBR é a sigla representativa da rinotraqueíte infecciosa bovina, que causa febre e lesões nas vias respiratórias dos bovinos, agravando os quadros respiratórios. Já a IPV é a vulvovaginite pustular (IPV), que é uma infecção na vulva e na vagina, provocando secreções, edemas, endometrite, repetição de cio e infertilidade.
BVD
A diarreia viral bovina (BVD) é uma infecção oriunda do vírus Flaviviridae e com gênero Pestivirus. Os principais sintomas são surtos de diarreia, abortos e até mortalidade.
Pneumonia
A pneumonia é também uma doença muito comum em confinamentos. Ela é causada por vírus e bactérias, gerando alta morbidade e mortalidade, queda na produção de carne e aumento nos custos de tratamento e medicamentos.
Tristeza parasitária
É uma condição transmitida pelo carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, a qual gera febre alta, anemia, urina vermelha, icterícia, fraqueza, emagrecimento e morte.
Como prevenir o rebanho das doenças na bovinocultura de corte?
Para prevenir o rebanho das doenças na bovinocultura de corte, é necessário colocar em prática algumas estratégias eficazes, tais como:
1. Cuide da vacinação
É um dos métodos mais eficazes para a prevenção de doenças infecciosas, como brucelose, leptospirose e IBR-IPV. Atente-se ao calendário de vacinação e certifique-se de utilizar vacinas aprovadas para garantir a imunização adequada dos animais.
2. Faça o controle sanitário
Realize exames periódicos para detectar possíveis doenças, faça quarentena para novos animais antes de integrá-los ao rebanho e isole os bovinos doentes para prevenir a disseminação de patógenos.
Além disso, mantenha as pastagens e bebedouros limpos e também elimine insetos que podem ser transmissores de doenças.
3. Dê atenção à alimentação
Forneça alimentos nutritivos e balanceados, conforme as necessidades do rebanho. Também garanta o fornecimento de minerais essenciais para a saúde dos animais e, claro, muita água potável.
4. Adote tecnologias de gestão
É importante que o pecuarista utilize tecnologias de gestão para o manejo do rebanho. O TGC (Tecnologia de Gestão em Confinamentos) da Ponta, você consegue realizar uma gestão produtiva dos animais, coletar e registrar dados essenciais para a gestão do rebanho.
Por exemplo, você consegue ter registro das doenças que acometem seu confinamento e também fazer o controle do estoque de fármacos e dosagens dos medicamentos aliado ao custo final da produção. Isso facilita o armazenamento de informações e também agiliza as medidas cabíveis necessárias.
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