Transformação digital na pecuária: desafios e oportunidades à vista  

Você já percebeu como o custo para manter o rebanho só aumenta, enquanto o mercado exige cada vez mais transparência e produtividade? Essa é a realidade de muitos pecuaristas hoje: administrar margens apertadas, lidar com a pressão por sustentabilidade e ainda garantir carne de qualidade para consumidores e exportadores. 

Nesse cenário, a transformação digital deixou de ser promessa e passou a ser solução concreta. Longe de ser apenas um modismo ou um investimento inacessível, ela está mudando a forma como a pecuária brasileira opera, da genética ao abate. E empresas como a Ponta já mostram que integrar softwares, automação e análise de dados gera não só eficiência, mas também competitividade real no campo. 

Neste artigo, você vai entender o que é de fato a transformação digital na pecuária, por que ela se tornou urgente, quais são os passos dessa jornada e exemplos práticos de tecnologias que estão revolucionando a produção. 

O que é a transformação digital na pecuária? 

Transformação digital na pecuária não é apenas ter um software de gestão ou usar balanças eletrônicas. Ela significa integrar tecnologia em toda a cadeia produtiva — da genética ao abate. 

Na prática, isso envolve três pontos principais: 

Gestão digital: uso de softwares que coletam e organizam informações de forma precisa e acessível. 

Automação: processos relacionados à nutrição, desempenho animal e monitoramento sanitário passam a ser feitos de forma automática, reduzindo erros humanos. 

Decisões baseadas em dados: em vez de anotar no caderno e confiar apenas no “olho”, você passa a tomar decisões baseadas em informações e análises em tempo real. 

Esse conjunto forma o que já é chamado de pecuária 4.0. E não se trata apenas de eficiência: a digitalização também traz mais transparência, rastreabilidade e segurança para o mercado, que está cada vez mais exigente. 

Hoje, por exemplo, mais de 62% das cabeças confinadas do país são gerenciadas por softwares de gestão da Ponta, e 35% já contam com nossa automação na nutrição, tecnologia também impulsionada pela nossa atuação. Esses números mostram que a transformação digital não é mais teoria: ela já está acontecendo dentro das fazendas. 

Por que a pecuária precisa se transformar digitalmente? 

Os desafios da pecuária brasileira hoje não deixam espaço para adiar mudanças. Custos elevados com ração, mão de obra e sanidade pesam cada vez mais. Ao mesmo tempo, o mercado cobra produtividade, rastreabilidade e sustentabilidade. 

Nesse cenário, confiar apenas na experiência ou em anotações manuais já não garante competitividade. É preciso ter informações rápidas e confiáveis para reduzir desperdícios, controlar custos e tomar decisões com menos risco. 

A tecnologia é o caminho para isso. Com automação e análise de dados, você consegue identificar onde está perdendo margem, monitorar o desempenho do rebanho em tempo real e otimizar recursos sem precisar aumentar a área ou os gastos. 

Mas a transformação não é apenas técnica, ela também é cultural. Muitos produtores ainda resistem, seja por medo de investir, por falta de capacitação da equipe ou por dificuldades operacionais. Não à toa, embora 75,8% dos pecuaristas reconheçam a importância da tecnologia, uma parte significativa ainda não coloca inovação como prioridade. 

Em resumo: transformar digitalmente não é mais uma opção. É uma estratégia de sobrevivência para quem quer manter rentabilidade e conquistar espaço no mercado. 

Nível de adoção e maturidade tecnológica no Brasil 

A transformação digital na pecuária já começou, mas ainda avança de forma desigual. Alguns confinamentos estão bem estruturados com softwares de gestão e automação, dashboards, painéis de gestão à vista e inteligência artificial enquanto outros ainda operam de forma quase manual. 

De acordo com o relatório do ITDBr, o agronegócio brasileiro tem mostrado avanços importantes, mas também grandes disparidades. Os dados revelam que: 

• 45% das empresas do agro já utilizam Internet das Coisas (IoT), contra apenas 9% da média geral. 

36% utilizam Inteligência Artificial (IA), frente a 20% da média dos setores. 
 
Mas que apesar de sair na frente na adoção de algumas tecnologias, o agro está atrasado em muitos aspectos: 

• 75,8% dos pecuaristas têm baixa maturidade tecnológica. 

• Apenas 3% priorizam a transformação digital como estratégia do negócio. 

• Em razão disso, o índice de transformação digital do agro é inferior à de outros setores da economia. 

Apesar de todo esse potencial, o setor ainda enfrenta entraves como resistência cultural, custos iniciais e falta de infraestrutura. Isso explica por que muitos produtores continuam hesitando em investir. 

 


 
Considerando o agro como o setor responsável por quase 30% do PIB nacional segundo estimativas da CNA e Cepea para 2025, e dada a sua relevância para nossa economia, esse atraso é extremamente preocupante. 

O estudo também mostrou que a pecuária precisa avançar em pontos cruciais como cultura e pessoas (2,7 no ITDBr contra média de 3,8) e processos digitais (2,9 contra 3,8). Ou seja: ainda há um longo caminho até que a transformação digital esteja consolidada em toda a cadeia produtiva. 

Mesmo assim, os números já colocam o agro brasileiro à frente de outros setores na adoção de tecnologias emergentes, mostrando que o campo tem enorme potencial para liderar essa revolução. 

Atualmente. os principais desafios para a adoção de novas tecnologias são: 

Culturais e organizacionais: frequentemente marcados pela resistência à mudança. 

Econômicos: relacionados à avaliação do custo versus retorno do investimento. 

Operacionais: que incluem a falta de infraestrutura e a necessidade de capacitação. 

Expectativa:  Como por exemplo, acreditar que a nova tecnologia trará ganhos imediatos e vai transformar os processos do dia para a noite. 

Realidade: A adoção exige mudanças culturais, ajustes operacionais e paciência para colher resultados.” 

Outras expectativas equivocadas incluem a crença de que “basta adotar a ferramenta certa e tudo se resolve”. 

Contudo, a realidade é que ferramentas são apenas parte da equação; pessoas e processos ainda são fatores maiores. Há também a ideia de que “vamos instalar e pronto, tudo funcionando”.  

No entanto, é a capacidade de aprender, adaptar e colaborar com a tecnologia que verdadeiramente nos transforma. 

Passos da jornada de transformação digital 

A transformação digital segue etapas que estruturam o processo: 

Digitalizar a gestão – O primeiro passo é implantar um software robusto de gestão que vai centralizar os dados do negócio e da operação. Um software também padroniza processos e já traz as boas práticas de mercado validadas para acelerar a evolução da gestão do confinamento. O segundo passo é adotar ferramentas que facilitam e automatizam a coleta de dados e controlam processos essenciais e integrá-las ao software de gestão para centralizar e enriquecer a base de dados. 

Automatizar processos – O terceiro passo é automatizar processos essenciais para reduzir erros e perdas que afetam diretamente a margem de lucro e a produtividade. Automação de fabricação e fornecimento de trato são as tecnologias mais usadas pelos confinadores pelo aumento da eficiência na nutrição e rápido retorno do investimento (ROI). O quarto passo é automatizar a pesagem do animal para monitoramento do desempenho e aumentar o lucro na escala de abate. 

Transformar pela análise – O quinto passo é usar painéis e relatórios de BI para extrair insights e tomar decisões estratégicas de forma simples e ágil. 

Gerar conhecimento – O sexto passo é usar dados de mercado e benchmarking para calibrar a estratégia nutricional, de compra de reposição e de comercialização e para aproveitar melhor as oportunidades disponíveis. 

Esse ciclo constante de digitalização, automação, análise e aprendizado materializa a pecuária 4.0, trazendo mais competitividade e sustentabilidade. 

Exemplos práticos com a tecnologia da Ponta 

Presente em nove países e responsável pelo monitoramento de mais de 7 milhões de cabeças, a Ponta é referência em pecuária de alta performance., com soluções integram equipamentos, softwares e inteligência de dados para elevar produtividade e eficiência. 

Entre as principais tecnologias estão: 

TGC: software que gerencia todo o ciclo produtivo do confinamento, incluindo indicadores financeiros. 

Automação GA: controla com precisão a fabricação e fornecimento de ração, reduzindo desperdícios de tempo e insumos.  
 
App Leitura de Cocho: Aplicativo para digitalizar e agilizar a avaliação do escore de cocho 

Ronda Sanitária: aplicativo para monitoramento da saúde do rebanho. 

Rastreabilidade GA: controle completo da origem e do histórico dos animais, atendendo às exigências de mercado e fortalecendo a confiança na carne produzida. 

Ponta Intelligence (BI): dashboards visuais e relatórios integrados ao TGC e ao ICAP (ìndice de Custo Alimentar Ponta), exclusivo para confinamentos. 

Na prática, essas tecnologias têm impacto direto no aumento da eficiência operacional e produtiva e na redução de custos do negócio. Estudos com clientes Ponta mostram que, quando as tecnologias são bem utilizadas, o retorno sobre o investimento é rápido. 
 

Conclusão 

Como destacado pelo zootecnista e coordenador do Inttegra, Antonio Chaker, durante o Feedlote Summit 2025, a revolução digital na pecuária não é mais um tema de futuro, mas de presente. Hoje, softwares e automação permitem integrar dados de manejo, desempenho e mercado em relatórios automáticos, previsões e até sugestões de decisão em tempo real. Muito além de planilhas e PDFs, a tecnologia já está transformando a forma de gerir fazendas. 

Assim, se antes as escolhas eram feitas “no olho” ou no caderno, agora é possível saber exatamente quanto cada animal consome, quanto está ganhando de peso e onde estão as perdas que reduzem a margem. Essa visibilidade dá ao produtor mais controle, menos desperdício e, principalmente, mais rentabilidade. 

Claro que mudar não é simples. O receio de investir sem retorno imediato existe, mas o mercado já exige eficiência, rastreabilidade e transparência. Quem se adapta primeiro conquista vantagem competitiva e garante espaço em um setor cada vez mais profissional. 

É nesse ponto que a Ponta se destaca. Mais do que fornecer tecnologia, acompanhamos de perto cada cliente na jornada da transformação digital, ajudando a transformar falhas iniciais em oportunidades de eficiência. Afinal, a inovação não substitui a tradição da pecuária: ela dá ao produtor as ferramentas certas para crescer com segurança e lucratividade.  

Descubra como as soluções da Ponta podem transformar sua fazenda em um negócio mais lucrativo agora mesmo! 

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