Como é feito o melhoramento genético em rebanhos no Brasil?

Você quer aumentar a criação de bovinos altamente produtivos? O melhoramento genético é o caminho mais indicado para isso. Por meio de técnicas avançadas de seleção e cruzamento, os pecuaristas conseguem melhorar diversos aspectos nos animais para ganho de peso, aumento da qualidade da carne e da fertilidade.

Para isso, é necessário ter conhecimento sobre o seu rebanho e as características fundamentais para melhorias. Dessa forma, é possível obter informações sobre os materiais genéticos dos animais e direcionar adequadamente os acasalamentos. 

Neste conteúdo, a Ponta explicará como é feito o melhoramento genético em rebanhos e como você pode utilizar a tecnologia para auxiliar nesse processo. Continue a leitura para saber mais!

O que é o melhoramento genético?

O melhoramento genético em rebanhos é um processo de seleção, cruzamento e reprodução de animais que possuem boas características para melhorar a eficiência produtiva e a qualidade da carne ao consumidor final. 

Conhecidas como características de interesse econômico, os pecuaristas encontram combinações genéticas favoráveis para multiplicar esses genes nas gerações futuras. Desse modo, os novos bovinos de corte já nascem com maior eficiência reprodutiva e resistência a doenças.

Quais vantagens do melhoramento genético?

Todo pecuarista busca aumentar a qualidade e a produtividade dos seus bovinos de corte, por isso é necessário investir no melhoramento genético. Existem muitas vantagens ao optar por essa técnica. Veja abaixo:

Ganho de peso

Os animais selecionados apresentam melhor ganho de peso, o que ajuda em um ciclo de produção mais rápido e eficiente. Nesse sentido, os pecuaristas podem abater os bovinos com antecedência, reduzindo os gastos de alimentação e manejo.

Eficiência alimentar

Outra característica relacionada à produtividade é a eficiência alimentar, que identifica e seleciona os animais que consomem menos alimento que o esperado, sem comprometer seu desempenho. Isso significa redução dos custos com alimentação e aumento da rentabilidade

Qualidade da carne

O melhoramento genético também contribui para a qualidade do produto final. O marmoreio e maciez da carne aumentam o valor agregado e a satisfação do consumidor. Uma qualidade superior da carne é um grande diferencial competitivo, que resulta em maior margem de lucro e destaque no mercado premium.

Resistência a doenças

Além das vantagens anteriores, os animais com melhorias genéticas apresentam maior resistência a contrair doenças e parasitas. Desse modo, o rebanho se mantém mais saudável e sustentável a médio e longo prazo, o que também diminui a necessidade de gastos com medicamentos e tratamentos veterinários. 

o melhoramento genético é um trabalho de campo e de laboratório constante em países produtores como o Brasil

Como é feito o melhoramento genético em bovinos de corte

Agora que você já sabe mais detalhes sobre o melhoramento genético, chegou a hora de descobrir como ela é realizada em rebanhos no Brasil. 

As melhorias genéticas envolvem diversas etapas que vão desde a avaliação genética dos bovinos até a aplicação de biotecnologias reprodutivas. Confira a seguir mais detalhes.

1. Avaliação genética de animais

O primeiro passo é realizar a avaliação genética de rebanhos. É necessário fazer a coleta de dados sobre as características dos animais, tanto morfológicas, quanto genéticas.  

Existem diversos recursos tecnológicos para identificar os animais com excelente potencial genético, como marcadores moleculares, testes de DNA e avaliações fenotípicas. 

2. Seleção dos melhores animais

Após a avaliação, o pecuarista deve realizar a seleção dos animais a partir de alguns critérios de acordo com o objetivo de seleção da propriedade. Alguns exemplos: potencial de ganho de peso, eficiência alimentar, fertilidade, habilidade materna, adaptabilidade e qualidade da carcaça e carne.

É importante identificar animais com essas características para serem os pais da próxima geração e, assim, transmitir suas qualidades à próxima safra. Desse modo, o produtor consegue definir critérios de seleção e garantir o máximo ganho genético, tornando-se diferente de muitas fazendas que realizam o acasalamento aleatório sem nenhum objetivo específico em relação ao material genético. 

3. Cruzamento

Nesta etapa, deve-se combinar características favoráveis de diferentes raças ou linhagens para produzir descendentes com grande eficiência. Isso significa incluir o cruzamento entre raças (heterose ou híbrido) e dentro de raças (seleção de linhagens superiores).

Essa estratégia é fundamental para resultar em características de adaptação ao clima, eficiência reprodutiva, resistência a parasitas e qualidade da carne.

4. Acasalamento dirigido

O acasalamento dirigido é uma ferramenta para evitar que os animais cruzem aleatoriamente, sem nenhum objetivo específico. Desse modo, são selecionados touros com base em seus valores genéticos para maximizar a criação.

Fatores que influenciam no processo de melhorias genéticas

Existem diversos fatores que influenciam no progresso do melhoramento genético. Os principais são:

  • Nutrição: as dietas adequadas e a suplementação nutricional auxiliam no desenvolvimento positivo dos bovinos. A nutrição de qualidade atua diretamente no crescimento, na reprodução e na saúde dos animais;
  • Sanidade: a prevenção de doenças é fundamental para obter um rebanho saudável e produtivo. O pecuarista deve estar atento aos programas de vacinação e controle de parasitas, a fim de reduzir o surgimento de doenças e melhorar a performance dos animais;
  • Bem-estar: os bovinos devem receber o manejo correto e estar em instalações confortáveis conforme as 5 liberdades do bem-estar animal. Esses fatores diminuem o estresse e aumentam o bem-estar animal, o que reflete na eficiência produtiva. 

O uso de biotecnologias reprodutivas na bovinocultura

A implementação de biotecnologias contribui para o melhoramento genético de modo mais seguro e eficiente. Para isso, as principais tecnologias utilizadas em rebanhos são: Inseminação Artificial (IA), Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e Fertilização in Vitro (FIV).

Inseminação Artificial 

Através da IA, o pecuarista consegue utilizar sêmens de touros eficientes para melhorar a qualidade genética do rebanho e facilitar o controle de linhagens. A Inseminação Artificial é uma técnica conhecida e muito utilizada em fazendas para compartilhar genes de alta qualidade de modo eficiente.

Inseminação Artificial em Tempo Fixo

A IATF é uma técnica que sincroniza o ciclo estral das fêmeas para fazer a inseminação em um momento específico, resultando em uma melhor taxa de concepção e permitindo um planejamento adequado da reprodução, e padronizando a época dos nascimentos, formando lotes homogêneos.

Fertilização in Vitro

Já a FIV é um processo de captação de óvulos de vacas, com alto valor genético, para serem fecundados em laboratório com sêmens de touros com características superiores. Desse modo, resulta em maior número de descendentes com valor genético semelhante ao dos pais.

Então, conseguiu entender como é feito o melhoramento genético em rebanhos no Brasil? 

O uso da tecnologia, conforme vimos, tem um papel valioso no processo de melhorias genéticas. A Ponta, por exemplo, possui o  Intergado Efficiency que ajuda a realizar monitoramento e melhorias contínuas na eficiência alimentar e no desempenho dos bovinos. 

O sistema possibilita que você faça a coleta de dados, análise genética e otimização produtiva, facilitando a tomada de decisões baseadas em informações reais. Com o Intergado Efficiency, é possível acompanhar detalhadamente o desempenho de cada animal, identificar os animais mais eficientes na utilização de alimentos e promover o melhoramento genético para as próximas gerações. 
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