Inteligência artificial no campo: Benefícios, desafios e oportunidades

A inteligência artificial no campo tem se consolidado como uma das maiores transformações tecnológicas do agronegócio e da pecuária, transformando a forma como produtores gerenciam suas propriedades e tomam decisões estratégicas. Com o avanço acelerado dessa tecnologia, é possível prever mudanças climáticas, monitorar a saúde do solo e dos animais, otimizar o uso de insumos e reduzir perdas, tornando a produção mais eficiente e sustentável. 

No Brasil, país com grande diversidade territorial e importância global na produção agrícola e pecuária, a adoção da inteligência artificial está crescendo rapidamente, impulsionada pela integração de sensores, drones, big data e algoritmos avançados. Essa transformação permite que os produtores deixem de agir de forma reativa para antecipar problemas e maximizar resultados, garantindo maior competitividade no mercado nacional e internacional. 

Neste artigo, vamos explorar os principais benefícios, desafios e oportunidades trazidos pela inteligência artificial no campo, mostrando como essa tecnologia está revolucionando o agronegócio brasileiro e o que os produtores precisam saber para se preparar para essa nova era. 

O que é Inteligência Artificial? 

Inteligência Artificial (IA) é uma área da ciência da computação que desenvolve sistemas e máquinas capazes de realizar tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como aprender, raciocinar, tomar decisões e resolver problemas de forma autônoma.  

Em outras palavras, a IA permite que computadores executem funções que antes dependiam exclusivamente do pensamento humano. 

Um avanço recente e muito relevante são as IA generativas, que conseguem criar conteúdos originais a partir do aprendizado com grandes volumes de dados. Exemplos populares incluem o ChatGPT, que gera textos naturais, e sistemas que produzem imagens realistas a partir de descrições simples. 

Principais tecnologias envolvidas com inteligência artificial no campo: 

• Machine Learning (Aprendizado de Máquina): técnica que permite que sistemas aprendam e melhorem automaticamente ao analisar grandes conjuntos de dados, identificando padrões para tomar decisões. 

• Big Data: processamento e análise de enormes volumes de dados gerados no campo, como informações sobre clima, solo, rebanho e produção, que alimentam os algoritmos de IA. 

• Sensores: dispositivos instalados em máquinas, animais e plantações que coletam dados em tempo real (temperatura, umidade, movimento, saúde), permitindo monitoramento preciso. 

• Drones: veículos aéreos não tripulados que capturam imagens e dados das áreas rurais, auxiliando no mapeamento, identificação de pragas e avaliação das culturas, integrando essas informações aos sistemas de IA. 

Combinadas, essas tecnologias permitem automatizar e otimizar as atividades no campo, aumentando a produtividade, reduzindo custos e promovendo práticas mais sustentáveis na agricultura e pecuária. 

Desafios para a inteligência artificial no campo  

Apesar do agronegócio brasileiro ser referência mundial em produtividade e inovação no campo, o setor ainda enfrenta desafios importantes para avançar em sua maturidade digital e na adoção de inteligência artificial.  

Segundo o Índice Transformação Digital Brasil 2024, o agro apresenta um dos menores índices de maturidade digital entre as principais indústrias do país, com destaque para as baixas pontuações em infraestrutura tecnológica, processos digitais e, principalmente, em pessoas e cultura digital.  

Isso revela que, além de investir em máquinas e softwares, é fundamental que o setor priorize a capacitação de profissionais, o desenvolvimento de uma cultura voltada à inovação e a integração de estratégias digitais ao negócio. 

A inteligência artificial no campo já demonstra potencial para elevar a eficiência operacional, melhorar a tomada de decisões e garantir maior rastreabilidade e sustentabilidade à produção.  

No entanto, a adoção dessas tecnologias ainda é limitada, muitas vezes por falta de treinamento, conectividade e visão estratégica.  

O momento é de virada: investir em capacitação, modernização da infraestrutura e integração de processos digitais não é mais opcional, mas essencial para que o agronegócio brasileiro mantenha sua competitividade, atenda às exigências do mercado global e aproveite plenamente as oportunidades que a inteligência artificial pode proporcionar. 

Não existe inteligência artificial no campo sem uma base de dados sólida e confiável 

Uma base de informações sólida e organizada é o ponto de partida para qualquer solução de IA no campo, pois, algoritmos só produzem recomendações úteis quando trabalham com registros precisos, completos e atualizados.  

Portanto, investir em processos eficientes de coleta, uniformização e integração desses dados é indispensável para manter a integridade da base. É nesse contexto que a Ponta se destaca, oferecendo o maior repertório de informações da pecuária brasileira, com milhões de animais monitorados em diferentes sistemas de produção. Essa amplitude permite comparativos aprofundados e insights mais confiáveis. 

Além de centralizar dados, a Ponta conecta aspectos zootécnicos, administrativos e financeiros, elevando a consistência e a precisão das análises. Com essa estrutura robusta, a IA deixa de ser apenas uma promessa e passa a gerar valor de fato, contribuindo para uma pecuária mais eficiente, rentável e sustentável. 

Conheça algumas das tecnologias da Ponta que já estão a serviço do pecuarista  

Entre as inovações, destaca-se o Intergado Efficiency, composto pelo cocho eletrônico que monitora o consumo individual, registrando tempo de permanência, frequência de visitas e quantidade ingerida. Com esses dados, é possível detectar padrões de comportamento de consumo, essenciais para o melhoramento genético e a gestão de lotes mais produtivos e rentáveis.  

Assim também, a balança de pesagem voluntária que compõe o Intergado Beef,  oferece pesagem voluntária e precisa diariamente, agilizando decisões sobre manejo, ajustes nutricionais e ponto ótimo de abate.  

Já a Automação GA une hardware e software para automatizar a fabricação e o fornecimento de ração, otimizando processos, reduzindo custos operacionais e assegurando o registro uniforme de cada etapa produtiva. 

Conectadas à base de dados da Ponta, essas soluções viabilizam análises aprofundadas, comparativos entre diferentes sistemas de produção e decisões embasadas em informações confiáveis e auditáveis. 

O resultado é uma pecuária mais eficiente, lucrativa e sustentável, preparada para os desafios atuais e para o futuro digital do agronegócio brasileiro. 

Conclusão 

A eficácia da inteligência artificial no campo está diretamente ligada à qualidade dos dados em que ela se baseia, uma vez que a IA aprende e gera recomendações a partir de grandes volumes de informação: quanto mais completos, organizados e confiáveis esses dados, mais rápidas e acertadas serão as respostas.  

Por isso, decisões financeiras, como compras de insumos ou vendas de animais, não podem se apoiar em predições fundamentadas em dados imprecisos, pois o risco de erro e prejuízo aumenta consideravelmente. 

Na Ponta, a qualidade dos dados sempre foi nosso principal diferencial. É essa confiança que o mercado deposita em nossas bases que nos permite gerar índices e relatórios como o ICAP e o Report de Confinamento, referências para benchmarking e planejamento.  

Dessa forma, ao oferecer uma base robusta, com informações zootécnicas, operacionais e financeiras apuradas com rigor, garantimos que as soluções de inteligência artificial entreguem insights realmente úteis, capazes de orientar escolhas estratégicas no dia a dia das fazendas. 

Portanto, se você quer aproveitar todo o potencial da inteligência artificial no campo, comece por investir em dados confiáveis. Conheça as tecnologias da Ponta e descubra como nossa base de dados e nossas tecnologias trabalham juntas para oferecer recomendações precisas, gerar valor real e que já fazem a diferença na pecuária brasileira. Fale com nosso time agora mesmo clicando aqui!