Exportação de gado vivo cresce em 2025 e atrai novos mercados

Se você acompanha o dia a dia do campo, já deve ter ouvido falar sobre o crescimento impressionante da exportação de gado vivo no Brasil em 2025.  

É um assunto que tem movimentado conversas em rodas de produtores, reuniões de cooperativas e até mesmo nos grupos de WhatsApp da pecuária. Afinal, a exportação de gado vivo representa um novo modelo de negócio para a pecuária brasileira, com oportunidades promissoras, mas também novos desafios e entender essa dinâmica é essencial para quem quer se posicionar bem nesse cenário em transformação. 

Mas, para além dos números e das manchetes, o que está por trás desse avanço? Por que tantos países estão de olho na compra do no nosso gado em pé? E, principalmente, como essa tendência pode impactar o bolso do produtor brasileiro?  

Neste artigo, vamos compartilhar com você os dados mais recentes, as oportunidades que estão surgindo e os desafios que precisamos enfrentar para manter o Brasil como referência mundial na exportação de gado vivo. Boa leitura!  

Entenda o panorama atual da exportação de gado vivo 

O cenário da exportação de gado vivo no Brasil em 2025 é de crescimento acelerado e resultados expressivos.  

Segundo dados apurados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de janeiro a abril deste ano, o volume embarcado ultrapassou 118 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 286,55 milhões.  

Para efeito de comparação, no mesmo período de 2024, foram exportadas pouco mais de 57 mil toneladas, com faturamento de US$ 125,86 milhões. Em todo o ano de 2024, o Brasil exportou 365,84 mil toneladas, um aumento de 84% em relação ao ano anterior, e a receita cresceu quase 70%, conforme reportado pela equipe da Scot Consultoria. 

As projeções para 2025 são ainda mais otimistas. Conforme análise da Scot Consultoria, a expectativa é fechar o ano com cerca de 1,5 milhão de cabeças exportadas, o que representaria um dos maiores volumes da história do país.  

Além disso, os preços médios pagos pelo gado brasileiro também subiram, chegando a R$ 360 por arroba, valor superior aos R$ 300 registrados no ano anterior, segundo avaliação do diretor da consultoria, Alcides Torres. 

Esse crescimento expressivo reforça o papel do Brasil como um dos principais fornecedores globais de bovinos vivos, especialmente para mercados que valorizam qualidade genética e padrões rigorosos de produção. 

Leia também: Bonificações de frigoríficos: Saiba como estão premiando pecuaristas 

Principais mercados compradores 

O Brasil tem como principais destinos da exportação de gado vivo os países árabes e muçulmanos, que dominam esse tipo de comércio.  

Entre os compradores que lideram esse ranking, temos Iraque, seguido pela Turquia — que, apesar de não ser um país árabe, possui forte influência muçulmana — e o Egito.  

Também fazem parte dessa lista países como Líbano, Marrocos, Jordânia, Arábia Saudita, Argélia, Irã e Paquistão, todos com grande demanda por bovinos vivos brasileiros, seja para abate ou para melhoramento genético.  

Além desses, alguns compradores se destacam também como grandes importadores de carne bovina brasileira.  

O Egito, por exemplo, é o terceiro maior importador de carne do Brasil, enquanto Hong Kong ocupa a segunda posição nesse ranking, embora esteja em 17º lugar na lista dos compradores de gado vivo. 

De fato, Mohammad Mourad, secretário-geral e vice-presidente de Relações Internacionais da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), explica que essa diversidade de clientela está relacionada a diferentes estratégias de mercado: algumas empresas preferem revender a carne com a marca do exportador, enquanto outras optam por abater o gado e comercializar a carne com sua própria marca, especialmente seguindo os preceitos do abate halal, que exige rigorosos cuidados desde a origem do animal até a distribuição da carne. 

A Turquia tem se destacado especialmente em 2025, respondendo por cerca de 30,8% da receita das exportações brasileiras de gado vivo até abril, seguida pelo Egito com 18,3% e Marrocos com 17,9%, conforme levantamento do Farmnews.  

Esse crescimento da Turquia é notável, já que em 2024 o país praticamente não importava gado vivo do Brasil, mostrando a abertura e expansão de novos mercados para o setor. 

Com a demanda aquecida e a expectativa de abertura de novos mercados na Ásia, como Malásia, Vietnã, Indonésia e Paquistão, a exportação de gado vivo brasileira tem potencial para crescer ainda mais, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais desse produto. 

Exportação de gado vivo: Desafios e regulamentações 

A exportação de gado vivo enfrenta desafios importantes relacionados às exigências sanitárias, ambientais e de bem-estar animal.  

Nos últimos anos, essas questões ganharam maior destaque, com regulamentações mais rigorosas para garantir que os animais sejam transportados e abatidos conforme padrões internacionais de qualidade e respeito ao bem-estar.  

Assim, se por um lado o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) já decidiu que o embarque de bovinos vivos não configura maus-tratos, desde que cumpridas as normas vigentes, por outro, o tema ainda gera debates e requer atenção constante dos produtores e exportadores. 

E, além das questões legais e éticas, a logística para o transporte do gado vivo também exige infraestrutura adequada, desde os portos até os meios de transporte, para minimizar o estresse dos animais e garantir a segurança durante toda a cadeia.  

O cumprimento de todas essas exigências é fundamental para manter o acesso aos mercados internacionais e preservar a imagem da pecuária brasileira, começando pela rastreabilidade

Atualmente, a pecuária brasileira está implantando o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), que visa monitorar 100% do rebanho até 2032, garantindo transparência, segurança e conformidade com as exigências internacionais, pois, é essa rastreabilidade que permite registrar o histórico, a localização e a movimentação de cada animal, desde o nascimento até o abate, facilitando o controle sanitário e a certificação da qualidade. 

Nesse contexto, a Rastreabilidade GA surge como uma solução moderna e eficiente para produtores e exportadores de gado vivo.  

Com essa tecnologia, é possível garantir total conformidade com as normas do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Bubalinos (PNIB) e do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV).  

A Rastreabilidade GA integra sistemas eletrônicos de identificação, como brincos e chips, a plataformas digitais que armazenam e gerenciam todas as informações do animal, desde seu nascimento até a comercialização, facilitando o acesso a mercados internacionais cada vez mais exigentes e agregando valor ao gado vivo brasileiro. 

Finalizando, como você pode notar, exportar gado vivo pode ser uma grande oportunidade para aumentar a lucratividade da sua fazenda e para entrar nesse mercado com segurança e eficiência, o primeiro passo é garantir a rastreabilidade do seu rebanho.  

Então, não perca mais tempo e conheça a Rastreabilidade GA, uma solução de ponta que conecta tecnologia e gestão para oferecer total transparência, qualidade e conformidade às exigências internacionais.  

Com a Rastreabilidade GA, seu gado vivo ganha valor e abre portas para os melhores mercados do mundo. 

]