Veja como buscar animais eficientes e fortalecer a base genética do seu rebanho
Animais eficientes são o ponto de partida de qualquer pecuária realmente lucrativa. Pense nisso: dois animais no cocho, ambos ganhando muito peso, mas um come o dobro do outro. Qual desses animais você gostaria de multiplicar no seu rebanho?
Muitos produtores investem em genética, nutrição e manejo, veem o gado se desenvolvendo bem, mas ainda assim a conta não fecha. O motivo pode estar justamente aí: na dificuldade de identificar quais são, de fato, os animais eficientes dentro do rebanho.
A eficiência não aparece a olho nu. Dois animais podem pesar o mesmo no final da engorda, mas o que apresenta melhor aproveitamento alimentar é o que sustenta um sistema rentável, sustentável e competitivo.
Falar sobre eficiência animal não é teoria de laboratório, é o que separa quem produz com margem de quem apenas engorda boi.
E é exatamente isso que você vai entender neste conteúdo: como identificar animais eficientes de forma precisa, prática e com o apoio da tecnologia certa.
O que são animais eficientes?
Animais eficientes são aqueles que transformam melhor os recursos que consomem em resultado produtivo, seja em ganho de peso, produção de leite ou desempenho reprodutivo. Em outras palavras, ele faz mais com menos.
Na pecuária de corte, a eficiência está diretamente ligada à relação entre consumo e ganho de peso.
Desse modo, dois animais podem ganhar o mesmo peso em um período, mas o que consome menos ração ou pasto para alcançar esse ganho é o mais eficiente.
Essa diferença pode parecer pequena, mas, em escala de rebanho, representa uma diferença significativa no custo de produção.

Assim, quando falamos em eficiência, não se trata apenas de acelerar o crescimento. O foco está em converter energia de forma inteligente, utilizando nutrientes de modo mais produtivo e sustentável. Essa característica está ligada tanto à genética quanto ao ambiente e ao manejo nutricional. Por isso, avaliá-la exige dados consistentes e comparáveis.
A identificação de animais eficientes começa com mensuração precisa de consumo individual e ganho de peso diário, informações que formam a base de índices como a Eficiência Alimentar (EA) e o Consumo Alimentar Residual (CAR).
Esses indicadores ajudam a entender quais animais entregam o mesmo desempenho com menor exigência nutricional e, portanto, têm maior potencial econômico e genético.
No fim, a Eficiência Alimentar não é apenas um número: é um indicador de sustentabilidade e competitividade. Em um mercado que valoriza produção de baixo custo e menor impacto ambiental, selecionar animais eficientes é uma estratégia que posiciona o produtor à frente.
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Como identificar animais eficientes na prática?
Saber o que é um animal eficiente é o primeiro passo. O segundo, e mais importante, é como identificar esses indivíduos de forma confiável.
Na prática, a eficiência não se mede apenas “no olho” ou com base em ganho de peso. É preciso dados precisos de desempenho e consumo individual. A partir deles, o produtor ou técnico pode avaliar o real retorno de cada animal.
1. Mensure consumo e ganho de peso
A base da eficiência está na relação entre o que o animal come e o que ele ganha em peso. Para isso, são utilizados indicadores como:
Conversão alimentar (CA): mostra quantos quilos de alimento o animal precisa consumir para ganhar um quilo de peso.
Eficiência Alimentar (EA): inverso da conversão, quanto peso o animal ganha por unidade de alimento ingerido.
Consumo alimentar residual (CAR): compara o consumo real com o consumo esperado para aquele nível de desempenho. Animais com CAR negativo consomem menos do que o previsto, mantendo o ganho, portanto, são mais eficientes.
Essas métricas só são possíveis quando há controle individual de consumo e ganho de peso, o que demanda infraestrutura de coleta automática de dados ou participação em provas de Eficiência Alimentar.
2. Compare dados de desempenho
Após coletar os dados, é essencial comparar os animais dentro de um mesmo grupo de manejo e idade, garantindo que a avaliação seja justa.
Esse tipo de comparação ajuda a identificar diferenças genéticas reais e não apenas variações por ambiente ou alimentação.
3. Use informações genéticas
A Eficiência Alimentar também tem herdabilidade, ou seja, pode ser transmitida à descendência.
Por isso, os sumários genéticos e consultas públicas (como Geneplus e ANCP, que veremos adiante) são ferramentas fundamentais. Eles permitem que o produtor selecione reprodutores com base em valores genéticos de eficiência, potencializando ganhos a longo prazo.
Identificar animais eficientes é, portanto, um processo baseado em mensuração, comparação e interpretação de dados e a tecnologia vem tornando isso possível de forma cada vez mais prática, permitindo que a eficiência saia dos relatórios técnicos e se torne uma métrica real de decisão dentro da fazenda.
O papel dos sumários genéticos e consultas públicas
Depois de compreender o conceito sobre animais eficientes e de como medir a eficiência na prática, o passo seguinte é usar as informações genéticas disponíveis para orientar suas escolhas.
É aqui que entram as consultas públicas e os sumários genéticos de programas como o Embrapa Geneplus e a ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores).
Essas plataformas reúnem avaliações genéticas detalhadas de milhares de animais, resultado de análises estatísticas que consideram genealogia, desempenho, ambiente e, cada vez mais, dados de Eficiência Alimentar.
Ao acessá-las, o produtor pode comparar reprodutores e matrizes de diferentes rebanhos com base em valores genéticos (DEPs) e índices econômicos.
Abaixo, a Dra. Giovanna Moraes, líder do mercado de genética da Ponta, explica o passo a passo da busca por animais eficientes com consulta pública na base da Embrapa Geneplus:
EFICIÊNCIA ALIMENTAR COM GIOVANNA MORAES | Busca por animais eficientes na base da Embrapa Geneplus

Como utilizar essas informações?
1. Acesse as consultas públicas: tanto Geneplus quanto ANCP disponibilizam, em seus sites, ferramentas abertas de busca. Basta inserir o nome ou registro do animal para visualizar seus índices genéticos.
2. Foque em características ligadas à eficiência: além de ganho de peso e conversão alimentar, observe índices como Consumo Alimentar Residual (CAR) e Índice de Eficiência Global (IEG) — quando disponíveis.
3. Avalie o equilíbrio genético: priorize animais que apresentem CAR negatico, sem comprometer desempenho, fertilidade ou conformação, uma vez que essa característica se correlaciona sem prejudicar as demais.
4. Compare dentro de uma base confiável: os programas garantem que as comparações sejam justas e padronizadas, evitando distorções causadas por ambiente ou manejo.
Por que isso importa?
Usar sumários genéticos é uma forma de reduzir a incerteza na seleção. Em vez de basear decisões apenas em observação visual ou histórico de desempenho, o criador passa a contar com informações genéticas comprovadas, respaldadas por dados de milhares de indivíduos.
Na prática, isso significa:
- Mais previsibilidade nos resultados produtivos;
- Maior retorno sobre investimento genético;
- Aceleração do progresso genético em eficiência.
Ao incorporar essas ferramentas à rotina, a fazenda começa a selecionar não apenas animais produtivos, mas animais geneticamente eficientes, capazes de transformar alimento em ganho com menor custo e menor impacto ambiental.
Eficiência Alimentar: o pilar da pecuária de precisão
Em um sistema pecuário cada vez mais competitivo, animais eficientes deixaram de ser apenas uma vantagem produtiva. Tornaram-se a base da sustentabilidade econômica e ambiental das fazendas. A Eficiência Alimentar é o indicador que traduz, de forma objetiva, o quanto cada animal consegue transformar alimento em ganho de peso. Em outras palavras, mede a capacidade de converter insumos em resultados.
Na prática, a diferença entre dois animais que consomem a mesma quantidade de alimento pode representar margens completamente distintas no confinamento ou na recria. Enquanto um converte com eficiência, outro pode desperdiçar parte significativa do potencial energético da dieta. Esse descompasso afeta diretamente o custo por arroba produzida, o tempo de permanência no cocho e a rentabilidade do sistema.
É nesse ponto que a pecuária de precisão se consolida como uma forma de mensurar, comparar e selecionar de maneira confiável os indivíduos que apresentam melhor desempenho biológico e econômico. Por meio de tecnologias de monitoramento, como sistemas automáticos de pesagem e consumo, é possível gerar dados consistentes capazes de identificar quais animais realmente se destacam em eficiência.
Assim também, a Eficiência Alimentar também apresenta baixa correlação com outras características de interesse econômico, como ganho médio diário, acabamento de carcaça e até fertilidade. Isso significa que é possível selecionar para Eficiência Alimentar e características de produtividade gerando impactos positivos em todo o sistema produtivo, otimizando o uso de recursos e acelerando o progresso genético do rebanho.
Essas informações alimentam os programas de melhoramento genético e permitem que o pecuarista selecione reprodutores com base em indicadores concretos. O resultado é um rebanho mais produtivo, adaptado e lucrativo, alinhado às exigências de um mercado que valoriza eficiência e sustentabilidade.
A seleção de animais eficientes não é apenas uma decisão técnica. É uma estratégia de gestão. Ela orienta o uso racional de recursos, reduz desperdícios e potencializa o retorno econômico por hectare. Na era da pecuária de precisão, Eficiência Alimentar não é mais um diferencial, e sim o fator que define quem vai liderar a próxima geração da produção de carne.
Tecnologia para medir eficiência: Intergado Efficiency
O Intergado Efficiency é um sistema avançado desenvolvido para medir, com precisão, a Eficiência Alimentar de cada animal. Ele combina cochos eletrônicos equipados com balanças de pesagem voluntária de alta precisão e antenas de identificação eletrônica (brincos de RFID).
Diferente da observação manual, o sistema registra 24 horas por dia:
- A quantidade exata de alimento consumido.
- O volume de água ingerido.
- O peso voluntário do animal em momentos específicos.
Com esses dados, é possível calcular o Consumo Alimentar Residual (CAR), que indica quais animais consomem menos alimento do que o esperado para o ganho de peso obtido, ou seja, os animais eficientes.
Dessa forma, selecionar animais eficientes exige medições exatas e consistentes. Por isso, o Intergado Efficiency se destaca em três pilares:
- Precisão: elimina erros humanos, garantindo que cada dado reflita exatamente o desempenho individual.
- Automação: coleta informações sem estressar os animais, resultando em medições mais naturais e confiáveis.
- Confiabilidade: metodologia validada internacionalmente, oferecendo dados robustos que podem ser usados em programas de melhoramento genético.
O futuro da pecuária é eficiente. Isto é, a pecuária que prosperará nos próximos anos será aquela que integra tecnologia, dados e genética. Identificar e selecionar animais eficientes não é uma tendência passageira: é um imperativo econômico e social.
Quer saber mais? Assista o Intergado Efficiency em ação no vídeo abaixo!
Intergado Efficiency: tecnologia de ponta na seleção genética para Eficiência Alimentar

Portanto, o produtor que busca se destacar precisa:
- Consultar sumários genéticos e catálogos públicos.
- Adotar tecnologia para medir o desempenho do rebanho.
- Priorizar animais com DEPs favoráveis para Eficiência Alimentar.
Assim, ao unir informação, tecnologia e seleção genética, o futuro da pecuária rentável passa a ter um denominador comum: eficiência. E os animais eficientes são a chave para tornar isso realidade.
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