Além do cocho eletrônico: quais as estruturas para Eficiência Alimentar?
A busca por produtividade e lucratividade na pecuária de corte passa, inevitavelmente, pela seleção para Eficiência Alimentar (EA). Animais geneticamente superiores consomem menos alimento do que o esperado para alcançar determinado desempenho, mantendo o ganho de peso e a qualidade da carcaça. Essa relação entre consumo e desempenho é medida pelo Consumo Alimentar Residual (CAR), a característica mais utilizada para avaliar Eficiência Alimentar.
No entanto, para que os dados coletados sirvam de base confiável para avaliação genética e predição de DEPs (Diferença Esperada na Progênie), é indispensável uma estrutura necessária para testar animais para EA, que garanta precisão, padronização e rastreabilidade em todas as etapas do processo.
Entre os recursos essenciais estão as instalações adequadas e o uso de cochos eletrônicos e balanças de pesagem voluntária, que permitem registrar individualmente o consumo alimentar e o ganho de peso diário de cada animal.
A seguir, confira estruturas necessárias para testar animais para Eficiência Alimentar sólida e tecnicamente válida.
Instalações e tecnologia: o pilar da mensuração individual
O primeiro passo para testar animais para Eficiência Alimentar é contar com infraestrutura adequada e tecnologia capaz de medir, individualmente, o consumo e o peso de cada animal. Essa é a base sobre a qual todo o processo se sustenta.
Dessa forma, sistemas de cochos eletrônicos, como o Intergado Efficiency, permitem mensurar com precisão a ingestão de alimento por animal. Aliados a eles, os sistemas de pesagem automática diária, registram o peso dos animais continuamente, sem necessidade de manejo constante, reduzindo o estresse e aumentando a acurácia dos dados.
Abaixo, veja o cocho eletrônico em ação, com Marcelo Ribas, cofundador da Intergado e Diretor de Estratégia da Ponta:
Como funciona o cocho eletrônico da linha Intergado?

E aqui, como a balança de pesagem voluntária também é fundamental: E aqui, como a balança de pesagem voluntária também é fundamental:
Como funciona a balança voluntária da linha Intergado? – YouTube
Quando não há disponibilidade de sistema automatizado, é possível recorrer ao uso de troncos de balanças convencionais no curral de manejo, mas a coleta manual aumenta o risco de variações indesejadas. Por isso, a automação é sempre a melhor alternativa para quem busca confiabilidade e repetibilidade dos resultados.
A equipe responsável pelo teste deve ser treinada para operar, higienizar e calibrar corretamente os equipamentos.
A manutenção e o monitoramento diários são fundamentais para evitar falhas na coleta de dados. Além disso, o espaço físico deve ser adequado: recomenda-se uma área mínima de 12 m² por animal, ampliando para 20 m² em períodos chuvosos devido à formação de barro. Quando utilizadas baias individuais, elas devem ter largura mínima de 2,5 metros, garantindo conforto e bem-estar.
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Formação de grupos: garantindo a comparabilidade genética
Para testar animais para Eficiência Alimentar de forma justa e representativa, é essencial que os animais avaliados pertençam a grupos contemporâneos homogêneos.
Isso significa que todos devem compartilhar características semelhantes no início do teste, evitando que diferenças de manejo, idade ou peso interfiram nos resultados.
Os grupos devem ser formados por até 8 animais por cocho eletrônico, considerando a mesma raça ou grupo genético, o mesmo lote de manejo, e o mesmo sexo, sendo que machos castrados e inteiros devem ser separados.
O intervalo de idade entre os animais de um mesmo grupo não deve ultrapassar 90 dias, e a variação de peso inicial não pode exceder 20% do coeficiente de variação para o peso vivo.
Respeitar os limites de idade é igualmente importante. O animal deve ter, no mínimo, 8 meses ao início da prova (com pelo menos 60 dias pós-desmame) e, no máximo, 24 meses ao término.
Assim como também, fêmeas gestantes no terço final de gestação não devem participar das provas, pois o estado fisiológico interfere diretamente no consumo e na Eficiência Alimentar.
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A Importância da dieta: consistência e qualidade nutricional
A dieta é um dos fatores mais determinantes no sucesso de uma prova de Eficiência Alimentar. Para que os dados de desempenho e consumo sejam válidos, é essencial que o alimento seja constante, padronizado e nutricionalmente equilibrado durante todo o período de avaliação.
A alimentação deve ser fornecida ad libitum, na forma de Ração Total Misturada (RTM), garantindo acesso livre e evitando seleção de ingredientes. Nos sistemas com cocho eletrônico, essa padronização é ainda mais importante, pois qualquer variação na mistura pode impactar diretamente a precisão das medições de consumo individual.
As sobras devem representar entre 5% e 10% do total ofertado, assegurando que todos os animais tenham disponibilidade adequada. A dieta precisa ser formulada para alcançar um ganho médio diário (GMD) de aproximadamente 1,0 kg/dia, sem ultrapassar 2,0 kg/dia, e conter entre 2,4 e 2,8 Mcal de energia metabolizável por quilograma de matéria seca (MS).
Para manter a consistência nutricional, as análises bromatológicas são obrigatórias. Deve-se realizar, no mínimo, uma análise completa da RTM fornecida durante o teste, utilizando um laboratório de referência. Além disso, é recomendada a coleta de amostras de RTM a cada 14 dias para análise de matéria seca, garantindo o controle de qualidade da dieta ofertada.
Etapas fundamentais: adaptação e validade dos dados
Antes de iniciar a coleta de dados válidos, é necessário um período de adaptação para que os animais se acostumem à dieta e às instalações, especialmente aos equipamentos eletrônicos. Esse período é essencial para reduzir o estresse e estabilizar o padrão de consumo.
A duração da adaptação depende da origem dos animais e do sistema de manejo. Para provas inter-rebanhos, a adaptação pode durar de 21 a 28 dias, enquanto para provas intra-rebanho, o período pode variar de 14 a 21 dias. Após essa etapa, inicia-se o teste principal, que deve durar no mínimo 42 dias quando há pesagem automatizada e 70 dias quando as pesagens são manuais.
Desse modo, para testar animais para Eficiência Alimentar de forma confiável, os critérios de validade são definidos pelo erro padrão relativo (EPR) da ingestão e do ganho médio diário.
Caso ocorram falhas de equipamento, manejo fora das baias ou chuva excessiva que altere a dieta, os dados devem ser invalidados para garantir a integridade do teste.
Documentação e certificação: a garantia da credibilidade
Para que a prova de Eficiência Alimentar tenha validade técnica e científica, é indispensável o registro detalhado e a certificação dos dados. Um técnico graduado em Ciências Agrárias deve ser o responsável pela coleta e pelo controle das informações. Devem ser registrados todos os dados de pesagens, consumo individual, análises de dieta e ocorrências gerais, como falhas de equipamentos ou condições ambientais adversas.
Ao final de cada prova, uma auditoria técnica deve ser realizada para validar e certificar os resultados. Somente os dados auditados e aprovados podem ser utilizados em avaliações genéticas oficiais.
Essa etapa é o que confere credibilidade ao processo e garante que o investimento em infraestrutura e tecnologia resulte em informações confiáveis.
Intergado Efficiency: mais do que cochos eletrônicos, a solução completa para Eficiência Alimentar
O Intergado Efficiency vai além do cocho eletrônico: reúne toda a infraestrutura, tecnologia e protocolos necessários para testar animais para Eficiência Alimentar com máxima precisão. Do registro individual do consumo à pesagem automatizada diária, cada etapa é projetada para garantir dados confiáveis, padronizados e rastreáveis, transformando medições em informações aplicáveis para seleção genética e otimização do rebanho, garantindo o cálculo de DEPs com máxima acurácia.
Com essa solução da Ponta, você monitora o consumo, o ganho de peso e o desempenho de cada animal em tempo real, minimizando os riscos de dias inválidos e de anulação do teste. O sistema permite registrar ocorrências, validar resultados com critérios técnicos rigorosos e assegurar que os dados atendam a padrões de auditoria e certificação. Isso garante que cada decisão, desde ajustes na dieta até a estratégia de melhoramento genético, seja baseada em informações reais e auditáveis.
Além disso, a Ponta oferece suporte completo em todas as etapas, desde o planejamento e instalação dos cochos eletrônicos e balanças de pesagem voluntária, até o treinamento da equipe e, crucialmente, o acompanhamento de resultados e manutenção dos equipamentos. Uma abordagem ponta-a-ponta que garante que seus dados se transformem em ganhos práticos e lucrativos.
Referência nacional e internacional, com mais de 96% de participação no mercado brasileiro, esta tecnologia inovadora proporciona mensuração individual precisa, otimiza o bem-estar animal e dobra a confiabilidade dos seus testes. Cada investimento em infraestrutura e ciência se torna um passo seguro rumo a ganhos concretos de produtividade, rentabilidade e valorização genética do seu plantel.
Portanto, investir no Intergado Efficiency é mais do que adquirir equipamento: é implementar uma estrutura tecnicamente validada e líder de mercado que transforma testes em decisões estratégicas. É a solução definitiva que permite ao produtor interpretar, aplicar e monetizar informações para melhorar a Eficiência Alimentar, maximizar a produtividade e consolidar uma vantagem competitiva inatingível.
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